9 Lugares Imperdíveis para quem Ama Azulejo em Portugal
Os azulejos portugueses são uma marca do país e refletem grande parte das tradições culturais e históricas. Além disso, não há quem não se encante por tanta beleza e delicadeza nos mais diversos tipos de azulejos espalhados por Portugal.
A origem dos azulejos é árabe, tanto que a palavra AZULEJO vem do árabe azzellj que significa pedra polida. Os azulejos foram trazidos pelos Mouros para a Península Ibérica na época que dominavam a região. Mas o Rei D.Manuel I que os trouxe de vez para Portugal depois de visitar Sevilha em 1498 e se encantar.
A título de curiosidade, os mouros dominaram a Espanha até 1492, enquanto aqui em Portugal a Reconquista Cristã foi finalizada em 1249 com a conquista de Faro. Por isso, desde sempre a Espanha tem mais vestígios da cultura e arquitetura árabe.
Entretanto, os azulejos portugueses passaram a ser utilizados em maior escala e também evoluíram de forma mais rápida no fim do século XVIII.
Como vocês já estão cansados de saber (né?!), eu sou a louca dos azulejos (haha), então resolvi compartilhar com vocês alguns lugares imperdíveis repletos de azulejos para conhecer.
LISBOA
1 - Museu Nacional do Azulejo
Parece clichê e redundante, mas o Museu do Azulejo deve ser parada obrigatória para quem visita Lisboa e ama azulejos. Fica um pouco depois de Alfama, onde, originalmente, foi o Convento da Madre Deus, fundado pela Rainha D. Leonor em 1509.
O museu apresenta a história e evolução dos azulejos através de uma coleção única de azulejos do século XIII ao século XX. Além disso, tem no seu interior uma das igrejas mais bonitas de Lisboa e do país: a Igreja da Madre Deus, um dos mais incríveis exemplos do Barroco em Portugal, que fazia parte do complexo do convento.
A entrada custa 5€ e o museu está aberto para visitas de terça a domingo entre 10h e 17h30 (encerra às 18h).
2 - Mosteiro de São Vicente de Fora
Apesar de estar bem no coração de Alfama e poder ser visto e admirado do Largo das Portas do Sol, a Igreja e Mosteiro de São Vicente de Fora ainda são pouco explorados pelos turistas. Maaas é outro lugar que quem ama azulejos precisa visitar.
O mosteiro possui uma das maiores coleções de arte cerâmica do muuuundo, com destaque para as Fábulas de La Fontaine, e são belíssimos, no melhor estilo português azul e branco. Além disso, também esteja preparado para o visual do terraço. Daqueles de tirar o fôlego, incluindo o Tejo, Alfama, Castelo de São Jorge ;)
A entrada custa 5€ e o museu está aberto para visitas de terça a domingo entre 10h e 17h30 (encerra às 18h).
PORTO
3 - Igreja do Carmo
A Igreja do Carmo é, provavelmente, a igreja mais famosa (e provavelmente instagramável) do Porto. Foi construída na metade do século XVIII e sua incrível fachada lateral de azulejos finalizada em 1912, num dos mais belos exemplos de arquitetura rococó e barroca.
Os azulejos são de e autoria de Silvestre Silvestrini, em alusão a Nossa Senhora, a fundação da ordem carmelita e o monte Carmelo.
4 - Capela das Almas
Apesar da Igreja do Carmo ser mais famosa, no Porto a minha igreja queridinha é a Capela das Almas.
Localizada na Rua de Santa Catarina, a principal de comércio de rua. Decorada com azulejos por dentro e por fora, é impossível não se encantar e ficar enlouquecido para tirar fotos. Tarefa nem sempre muito fácil devido ao movimento da rua, mas com um pouquinho de paciência é possível. Eu disse e repito: azulejos por dentro e por fora, que retratam partes da vida de São Francisco e de Santa Catarina.
5 - Estação de Comboios de São Bento
A Estação Ferroviária de São Bento é uma das estações de comboio mais bonitas do mundo e não é à toa. A sua imponente fachada de influência francesa, já chama atenção, mas o seu interior é que guarda o maior tesouro. O seu adro é revestido com cerca de 20 mil azulejos (isso mesmo, 20 mil!!!!) e grande parte deles retratam as importantes conquistas do Norte de Portugal.
Além disso, é uma importante ligação para quem circula entre o Porto e o Norte de Portugal. Alô alô para a galera do bate-volta: é possível partir de São Bento para Aveiro, Braga ou Guimarães. Mas com bate-volta ou sem bate-volta, não pode deixar de passar lá para se apaixonar pelos azulejos.
OVAR
6 - Igreja Matriz de Válega
A Igreja Matriz de Válega também chamada de Igreja de Nossa Senhora do Amparo é uma das mais bonitas do país (quiça a mais bonita). É repleta de azulejos, por todos os lados e por dentro, e retrata fatos bíblicos.
A Igreja começou a ser construída no século XVIII e em 1959 foi revestida por dentro e por fora com os belíssimos azulejos coloridos da Fábrica Aleluia. Já o revestimento lateral com os azulejos mais convencionais se deu em 1975 e também são da Fábrica Aleluia.
Tenho certeza que vão ficar fascinados pela beleza e única desta igreja. Uma dica: se forem ao fim do dia, como a Igreja é virada para poente, ficarão ainda mais maravilhados com a cor dourada que a igreja fica ao pôr-do-sol.
7 - Igreja Matriz de Cortegaça
A Igreja Matriz de Cortegaça ou Igreja Matriz de Santa Marinha foi finalizada em 1918 e é outro exemplo que deixa todos boquiabertos.
A sua fachada frontal é repleta de azulejos azuis mais clarinhos com a representação de São Pedro e a São Paulo ao centro. A lateral da Igreja também é revestida de azulejos mais “simples”.
ÓBIDOS
8 - Igreja de Santa Maria
A Igreja de Santa Maria ou Igreja Matriz de Óbidos fica mesmo no centro da charmosa vila medieval e onde quase todos os caminhos vão dar, então não há desculpas para não encontrar este tesouro.
Esta igreja existe desde o período visigótico, passando a mesquita durante o período em que os mouros dominaram a vila e depois da conquista em 1148 por D. Afonso Henriques voltou a ser uma igreja católica. Sua estrutura atual remonta o século XVI.
Logo à entrada, sobre o portal, há uma imagem de Nossa Senhora da Assunção, padroeira da paróquia. Mas o grande encanto e impacto é o interior totalmente revestido de azulejos setecentistas.
9 - Igreja da Misericórdia
A Igreja da Misericórdia fica onde era a Capela do Espírito Santo e foi transformada em sede da Santa Casa da Misericórdia em Óbidos a pedido da Rainha D.Leonor (sim, a mesma que ordenou a construção do Convento de Madre Deus em Lisboa) em 1498.
O interior está totalmente revestido de azulejos azuis e amarelos e no teto está pintado o brasão de armas da família real.
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