Quais são os doces típicos de Natal em Portugal?
O Natal é uma época de união e celebração, mas também de muita comilança. Em Portugal, claro que não seria diferente, ainda mais com tantos pratos e doces maravilhosos.
Existem doces específicos do período de Natal, como o Bolo-Rei, que como o próprio nome já diz, é o Rei das sobremesas desta época. Mas existem vários outros doces presentes na ceia de natal (ou consoada, como dizem por cá!)
Vamos lá…
Quais são os doces típicos de Natal em Portugal?
Bolo-Rei
É tradicionalmente consumido entre o Natal e o Dia de Reis, mas em pastelarias tradicionais pode-se encontrar, geralmente, a partir de novembro.
Sua massa é feita com frutos secos e frutas cristalizadas, assim como por cima leva bons pedaços de frutas cristalizadas. Segundo a tradição, no interior do bolo encontra-se uma fava seca e um pequeno brinde, normalmente feito de metal. Quem encontrasse a fava, ficava com a responsabilidade de pagar o próximo bolo-rei e quem encontrasse o brinde teria sorte ;).
A origem do bolo-rei remonta à época dos romanos, porque tinham hábito de eleger o rei da festa durante os banquetes festivos, geralmente em Dezembro. O bolo-rei no seu conceito mais atual surgiu na corte de Luís XIV, na França, para as festas do Ano Novo e do Dia de Reis e foi popularizado em Portugal já no século XIX.
Bolo-Rainha
É muito semelhante ao Bolo-Rei, entretanto sua massa e cobertura levam apenas frutos secos. Uma boa alternativa para quem não gosta de frutas cristalizadas.
Lampreia de Ovos
A Lampreia é de origem conventual e feita à base de fios e capas de ovos. Seu formato e nome vêm de um peixe (não muito bonito em forme de enguia com uma enorme ventosa circular como “cabeça”) frequentemente encontrado nos restaurantes portugueses.
Para finalizar usam-se frutas cristalizadas para fazer os detalhes da Lampreia.
Tronco de Natal
O tronco de Natal é de origem francesa, claro, e sua apresentação impecável não deixa dúvidas.
É uma espécie de rocambole (aqui chamam de torta), geralmente, recheado com creme de manteiga ou chocolate, para parecer um tronco de árvore.
Sua origem está relacionada com o fato das famílias reunirem-se em torno das lareiras a lenha (sim, o inverno é frio aqui em Portugal) para celebrar o Natal.
Sonhos
Um dos meus preferidos e por isso será o primeiro dos “fritos de Natal”, como os doces que são fritos e, geralmente, polvilhados de açúcar e canela são conhecidos.
Atenção: No Brasil, o que nós chamamos de sonhos são as Bolas de Berlim por cá ;).
Os sonhos de Natal são doces fritos, como havia dito anteriormente, tem um formato arrendado e cor alaranjada por fora e amarelo por dentro. Os ingredientes base são: leite, limão, farinha, ovos e sal. Lembram tanto na aparência como no sabor, os bolinhos de chuva.
Coscorões
Os Coscorões, a primeira vista, parece o nosso clássico pastel de feira do Brasil. Com formato retangular, massa fina e crocante, são feitos a base de farinha, manteiga e ovos. Sem esquecer o açúcar e a canela polvilhados por cima.
Azevias
As Azevias pode ter recheio de grão, abóbora ou batata-doce e visualmente parece um risole doce. É outro dos meus doces queridinhos do natal.
Filhós
Há quem chame de filhó (plural filhós) ou filhós (plural filhoses), mas independente do nome, este é um dos clássicos de Natal, muito comum nas regiões do interior. É feita com farinha e ovos, por vezes também com abóbora e raspa de laranja.
Bilharacos
O bilharaco, também chamado de bilhareco, é um doce tradicional português, típico da região de Aveiro. Parecem um pouco com os sonhos, mas são menos aerados e a massa é a base de abóbora. São uma delícia e também estão entre os meus favoritos.
Rabanadas
Claro que as rabanadas não podiam ficar de fora.
A rabanada foi criada pela necessidade do reaproveitamento do pão seco e virou este iguaria que quase todos amam. A receita pode variar de família para família com leite, leite condensado, calda de açúcar e ainda a versão com vinho, mas a base é sempre a mesma: o pão.
Também são conhecidas por fatias douradas.
